
Comer sem culpa
Quantas vezes te sentiste culpada depois de comeres algo? Um gelado, chocolate, beber um sumo mais processado… A culpa é algo que todas sentimos em alguma fase da nossa vida, especialmente se tivermos a tentar libertar peso. Eu também já me senti assim – sempre que comia alguma coisa “fora do plano” sentia-me muito culpada e punha demasiada responsabilidade sobre mim. Era um peso que carregava e que nem sabia. Só depois de ter perdido 20 kg é que percebi que transportava o peso da culpa sempre que comia alguma coisa fora do comum e soube que era algo que eu queria trabalhar.
Por isso, se já perdeste algum peso mas continuas a sentir culpa sempre que comes alguma coisa “fora do plano” então, este episódio é para ti.
Poucos planos correm como planeado a 100%
Já tiveste planos que tenham corrido exactamente como planeaste? Eu não. Há sempre alguma coisa que falha, há sempre alguma coisa que não corre como nós queremos – especialmente num processo de perda de peso. A balança não desce como nós esperávamos, há festas de aniversário, jantares surpresa… há sempre alguma coisa que não corre como nas nossas expectativas e, quando isso acontece, a culpa aparece.
Devíamos ter feito de forma diferente. Devíamos ter feito melhor. E acabamos por nos sentir culpadas por termos saído fora da “linha”. No que toca à comida e para quem está numa fase de perda de peso, qualquer bolo, doce, pizza, hambúrguer, batata frita.. é pecar. É sair fora do que está correcto e, por isso, não deve ser feito.
A culpa associada à comida é algo que muita gente sente por isso não te sintas sozinha!
Uma abordagem flexível à alimentação
Nos últimos anos tem surgido uma forma de alimentação chamada alimentação flexível, que presume que podes comer alimentos que podem não apoiar os teus objetivos (teoricamente) mas que te ajudam a ter prazer e a ser flexível nas tuas escolhas.
Quando esta forma de comer começou a ser publicada das redes sociais, eu decidi experimentar e pôr em prática para perceber se poderia ser uma boa forma de comer sem sentir culpa. Mas, na realidade, eu comecei a sentir-me obrigada a ser flexível. Ou seja, se havia um dia em que não comia alguma coisa fora do plano era porque estava a ser demasiado rígida comigo mesma.
Foi aí que decidi que tinha de pensar diferente
Simplificar e olhar para a comida como algo intencional
Decidi simplificar e não pôr pressão sobre mim mesma. Decidi que ia começar a comer de forma intencional, de acordo com o que eu achava ser melhor para mim em vez de me focar nas regras, no “como deve ser”.
E foi aí que comecei a deixar de sentir culpa quando comia. Foi aí que percebi que o segredo estava em descomplicar, fazer o meu melhor e ouvir o meu corpo. Fazer escolhas saudáveis intencionalmente – e essas escolhas saudáveis podiam englobar um bolo de vez enquando.
O equilíbrio entre o que sei que me faz bem e o que sei que devo fazer foi a minha resposta para conseguir deixar a culpa de parte e começar a libertar o meu peso emocional enquanto libertava o meu peso físico.